Já se passaram mais de 10 anos desde “Gears of War” foi lançado no Xbox 360A franquia se tornou um dos maiores pilares da família Xbox. Trouxe horas intermináveis dedicadas ao multijogador, campanhas cooperativas, entre outras coisas. Franquias como "Gears of War" raramente param. Agora, o novo "Gears of War 4” chega para trazer ainda mais atitude ao Xbox One.
Em seu novo capítulo, somos apresentados a um enredo que mistura uma série de elementos unificados. Há uma clara renovação dos protagonistas da franquia—o retorno de personagens cheios de nostalgia para os fãs de longa data—junto com uma boa dose de humor e exagero, elementos que já se tornaram uma marca registrada da série.
A trama se passa 25 anos depois os eventos de seu antecessor. O planeta Sera agora vive em um estado constante de paz, lutando para se reconstruir depois que sua população foi quase exterminada pela Ataque de gafanhotos. O COG agora deu lugar a novos robôs-soldados, chamados DeeBees, que são programados para estabelecer harmonia entre todos.
Insatisfeito com o liderança dos Jinn, o primeiro-ministro de Sera, um grupo de rebeldes liderados por JD Fenix busca soluções para extrair energia de sua aldeia. Isso provoca a ira do soberano, que inicia uma guerra pessoal contra o grupo e seus aliados. Este é apenas um pretexto para que uma história maior comece a se desenrolar, a ponto de incluir Marcus Fenix como um dos principais protagonistas do título.
A trama se desenrola de forma menos forçada do que nos outros jogos da série. Há um interesse maior em entender todos os motivos por trás tanto da revolta do grupo jovem quanto do retorno de Marcus Fenix. E o mais interessante é que o jogador é constantemente bombardeado com novos elementos e surpresas, principalmente para quem já jogou os títulos anteriores da franquia.
Podemos dizer que a história de “Gears of War 4” é atraente e emocionante, embora seja frequentemente prejudicada por uma série de cenas de tiro excessivamente repetitivas. Embora a essência do jogo seja trocando balas a cada momento falta uma dose maior de criatividade na hora de apresentar toda essa ação na tela.
Por exemplo, logo no início da história, o jogador é bombardeado com sequências de combate contra o DeeBees robôs. No entanto, a forma como esses encontros ocorrem — sempre no mesmo cenário, com os mesmos personagens e sem outros elementos influenciando as cenas — acaba tornando a o jogo parece muito repetitivo.
Ainda assim, há uma grande problema que afeta muitos jogos do gênero: a linearidade do enredoÉ raro que você se sinta perdido ou inseguro sobre o que fazer, pois tudo se resume a seguir em frente, eliminar inimigos e assistir à próxima cena animada. Falta liberdade que permita uma exploração mais profunda dos ambientes e talvez introduza elementos que façam o jogador pensar, em vez de simplesmente usar balas para progredir.
A jogabilidade de "Gears of War 4" permanece fiel ao padrão da série. Basicamente, resume-se a atirar e se proteger usando plataformas, estruturas e paredes. Estas, no entanto, não protegem mais o jogador completamente. Dependendo do poder de fogo do adversário, elas podem ser facilmente destruídas, deixando o personagem exposto em combate.
Em termos visuais, "Gears of War 4" encanta, como esperado. Logo no início do jogo, é impossível não notar a atmosfera renovada dos cenários, agora mais leves e nítidos do que nas versões anteriores. Além disso, a história ajuda a introduzir ambientes mais estruturados, como fábricas, mansões e vilas, em oposição ao cenário tradicional de destruição.
Os personagens também evoluíram. Tanto o Gafanhotos e os personagens antigos agora parecem mais realistas, mas sem perder suas características distintivas. Os efeitos de explosões, tempestades e pedaços de carne voando pela cena chamam a atenção com sua riqueza de detalhes.
Infelizmente, no que diz respeito aos aspectos sonoros, o jogo deixa muito a desejar. Há um trabalho impecável nos efeitos sonoros — não há como negar, já que as explosões e os cortes de motosserra soam agonizantemente realistas. No entanto, a dublagem, mal posicionada e executada, decepciona e não consegue transmitir o sentimento ou a emoção que a cena pretendia transmitir ao jogador.
O tradicional multijogador ganhou novos modos Queimada e Escalada. O primeiro consiste em uma partida de 5 contra 5, onde um jogador eliminado deve esperar que um oponente seja derrubado antes de retornar à partida. A equipe vencedora é aquela que elimina todos os oponentes antes que alguém retorne. Quanto a Escalada, é o modo que os desenvolvedores consideraram adequado para posicionar “Gears of War 4” na arena dos eSports.
Veredito
- Gráficos
- Interface
- Entretenimento
- Multijogador
- Jogabilidade
- Características
Resumo
“Gears of War 4” mostra porque é um dos títulos mais aguardados de 2016. Com uma jogabilidade tradicional, aliada a belos gráficos e um enredo divertido, o jogo é um excelente motivo para comprar um Xbox Um. Mesmo com a dublagem abaixo do esperado e muita linearidade, os novos modos de jogo e o retorno da Horda agradam sua legião de fãs e amantes do gênero.
E o que você acha de Gears of War 4?